segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sentir...


Às vezes não enxergo o valor, falo grego, não sou tão clara como gostaria de ser, não sei bem o que acontece. Meus pedidos? Quero tão pouco, achava que pedia tão pouco. O que você deseja que aconteça contigo, não é o mesmo que faz por mim...

Eita confusão...

Minha vida entra na estrada, se apruma, mas tem seus desvios, algumas saídas da rota. Uma certa embolação, escuridão, solidão, e mais um monte de "ãos". Queria agir diferente, mas muito prazer... essa sou eu!

Fui tentar te encontrar, caminhei ao vento, pé na areia, na água... Quando parei, me sentia em excesso, mas sozinha. Olhei pro mar e pedi uma ajuda, um sinal de que estavas ali... Suspiro... e sinto meus pés tocados pelo vai e vem das águas, ouvi sua voz ao pé do meu ouvido a dizer: "Nunca te faltarei, assim como a areia que ao quebrar das ondas seus pés sentem escapar pelos dedos mas nunca acaba, sempre está ali; assim também sou eu, por mais que pareça que estou indo, sempre estarei contigo, nunca faltarei."

Obrigada pela certeza, ou melhor, pelos "S", tantas certezaS, a principal? Está comigo!


Mudando hábitos. Fazendo...



Sentindo falta das diferenças...
Odiando justificativas, não sei porque me soam com uma certa "desculpa"!

Estou com lentes de aumento, eu sei, mas não consgo tirá-las, fazem parte de mim... Sorry!
Espero por ti, meu Deus!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Essência


Hoje li um texto, que falava das diferenças entre pessoas e a beleza de ser quem se é. Foi algo completamente construtivo e" cutucador"; fiquei por um bom tempo remoendo aquelas idéias.

Parto do ponto que pra "ser", primeiro é necessário saber, (re)conhecer, encontrar, aí então vem o "ser".

Por uma vida, dia-a-dia, tento encontrar-me em mim, conhecer meus gostos, saber valorizá-los e ter orgulho de todas as minhas caracteristicas e escolhas, são elas que me fazem ser quem sou. É cansativo até falar isso, quantas vezes você ouviu que precisa valorizar quem é, e que suas escolhas fazem ser uma pessoa única? Pois é, mas é mais que hora de começar a agir, afinal de contas a sociedade tem se modificado, já é tempo de se mostrar, tirar as máscaras, sair do escuro, armário, ou qualquer outra moitinha que te esconda.


Ouvi uma medica-sexóloga, dizer em uma entrevista para Marilia Gabriela, que o lesbianismo, ou homosexualidade, já deixou de ser paradigma, estigmatizado como doença que possa ser curada ou desvio de conduta para ser regrado. Lesbianismo, homosexualidade, heterosexualidade, são CARACTERISTICAS, e nunca escolha. Logicamente que assim como em todos os pólos da sociedade, há quem se aproveite dessa certa modinha que se cria em tudo que é novo. Mas como toda modinha, essas pessoas também são passageiras.


Há de valorizar o que te caracteriza, se: gosta de custura, carros, moda, futebol, cozinha, jogos... seja qual for seu gosto, seja quem você for... SEJA!



Quanto a mim, lésbica femme, que cozinha, costura, cuida, "que não parece ser", e horas me dou a felicidade de me inventar, ser a protetora, agressiva, butch, mas sem perder a minha essência.


Com orgulho de ser, eu SOU!

sábado, 3 de julho de 2010

Importâncias


O que te importa? Coma torta - responderia o Chaves.
hehehehe

Aliás, te importa o que me importa? Mesmo? Quanto?
Hoje meu coração se inquietou com tantas importâncias dele, que cada dia vem se confirmando serem apenas exageros de um coração intenso, mas sem dúvida inquieto. Um coração cansado de esperas, palavras, pontos de interrogação... Ixii tantos cansaços.

O pior é saber que muitos desses sentimentos pesados, são gerados por minha própria culpa, seja da minha cabeça demasiadamente pensante, seja por um coração voador e esperançoso em excesso.
Ja dizia o velho ditado: "menos as vezes é mais"!!
Queria eu adquirir, comprar, aprender, ou sabe-se lá o que esse "menos".
De certo que o dito "hoje" muitas vezes é apenas repeteco. Olho e vejo que muito do que sinto, falo, reclamo, protesto, não passam de dejavú. Sinto-me muito repetitiva, arrisco dizer que um pouco cansada de mim mesma, dessa intensidade, dessas ilusões a que me submeto...

E mais uma vez, nada de diferente... e pra variar sento-me na estrada, com a mala na mão inutilmente tentando me desfazer do que está entranhado em mim. Como abrir mão do que se é?
Minha sorte é que a esperança tem seu lado positivo e essa sim não me abandona, mais teimosa do que eu, sempre me faz almejar dias melhores!


Um dia chego lá...



quinta-feira, 1 de julho de 2010



"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...sei lá de quê!"

Florbela Espanca